Operação que cumpriu mandados em Anápolis mira grupo que recebeu R$ 300 milhões de prefeituras

Ministério Público cumpre 22 mandados de prisão e 50 de busca e apreensão. Prefeitura foi alvo dos agentes

A Operação Limpeza Geral, cuja segunda fase foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (07) pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), investiga um grupo que recebeu, entre 2015 e 2022, mais de R$ 300 milhões em empenhos pagos por municípios goianos. A Prefeitura de Anápolis foi um dos alvos.

A investigação aponta que a organização criminosa criou várias empresas em nomes de laranjas. Elas eram usadas para simular concorrências em licitações. Há indícios de fraude em pelo menos 34 cidades de Goiás.

O MPGO também suspeita que os membros do grupo, inclusive com envolvimento de agentes públicos, forjavam a contratação direta, ou seja, sem licitação das empresas para viabilizar desvios de recursos públicos, por serviços ou bens que não eram executados ou entregues.

Essas empresas, mesmo sem estrutura, possuíam um vasto rol de atividades em seus contratos sociais, o que possibilitava a sua utilização em contratações públicas envolvendo diversos objetos: locação de equipamentos e estruturas para shows e eventos, cantores sertanejos e afins, fornecimento de mão de obra, serviços de limpeza, locação de veículos, e até materiais higiênicos e hospitalares destinados ao combate da Covid-19, entre outros.

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpre 22 mandados de prisão preventiva e 50 mandados de busca e apreensão em endereços relacionados a supostos integrantes do grupo.

Os mandados foram deferidos pela 1ª Vara dos Feitos Relativos à Organização Criminosa e de Lavagem ou Ocultação de Bens, Direitos e Valores e cumpridos com o apoio da Polícia Civil, da Polícia Militar, da Polícia Penal e do Corpo de Bombeiros Militar de Goiás.

As prisões e as buscas e apreensões estão sendo cumpridas nos seguintes municípios: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Nerópolis, Leopoldo de Bulhões, Campo Limpo de Goiás, Silvânia, Pirenópolis, Luziânia, Iporá, Rubiataba, Araguapaz, Uruaçu, Campos Verdes, Crixás e Palmas (TO).

A juíza titular da Vara Especializada, Placidina Pires, determinou também o sequestro e bloqueio de bens no valor de R$172.103.335,03 em relação a 26 investigados e 21 empresas.

A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Anápolis, que ainda não se posicionou. O espaço segue aberto.

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